
(Entra em casa…)
Limpa os pés despreocupadamente no tapete gasto pelos dias.
Atrás de si, ouve o estrondo da porta a fechar, abrupta.
Atira a mala para a primeira cadeira que surge e enterra-se no sofá.
Apenas escuta a sua respiração, diminuindo de cadência…
Não está morrer fisicamente, mas há muito que definha em espírito!
O tempo tem lhe dado muito, mas tem roubado ainda mais.
Recorda uma frase escutada algures…
“Found that I was losing more than I knew all along!”
Porque esta ou aquela pessoa e não todas?
Porque este ou aquele local e não outro?
Porque tantas palavras ou nenhumas mesmo?...”
“Porque me foi dada esta vida…